Golpes com IA: veja os mais comuns e como se proteger
Ao longo de 2025, o número de golpes que usam inteligência artificial disparou no Brasil. Ferramentas capazes de criar vozes, rostos e mensagens sintéticas vêm sendo exploradas por criminosos para aplicar fraudes cada vez mais convincentes, tanto contra usuários comuns quanto dentro de empresas.
A diferença é que agora os golpes deixaram de depender apenas da persuasão humana. Com poucos segundos de áudio ou usando uma simples foto disponível na internet, é possível criar deepfakes quase perfeitos, que simulam pessoas conhecidas e situações de urgência.
Neste artigo, vamos falar sobre os principais golpes com IA em circulação no Brasil, explicar como funcionam e mostrar o que fazer para se proteger.
Principais tópicos deste artigo
Como a inteligência artificial se tornou aliada dos golpistas
O avanço da inteligência artificial trouxe inúmeros benefícios para empresas e usuários, mas também abriu novas possibilidades para a ação de criminosos.
Ferramentas que geram voz, imagem e texto de forma automática estão sendo usadas em golpes que imitam com perfeição familiares, colegas de trabalho e até executivos de grandes companhias.
No Brasil, essa tendência já é visível. De acordo com alertas recentes dos órgãos de Segurança Pública e dos setores financeiros e de cibersegurança, aumentaram os casos de fraudes e extorsões envolvendo IA generativa, especialmente em plataformas de mensagens e redes sociais.
O que antes exigia conhecimentos técnicos complexos agora pode ser feito com poucos cliques, tornando as tentativas de golpe mais frequentes e sofisticadas.
Golpes mais comuns com IA no Brasil
1. Ligação muda e clonagem de voz
Um dos métodos mais simples e perigosos é a clonagem de voz. Os golpistas fazem ligações automáticas curtas, às vezes silenciosas, apenas para gravar alguns segundos da fala da vítima. Com essa amostra, a inteligência artificial consegue reproduzir a voz de forma quase idêntica.
Em seguida, os criminosos usam o áudio fake em fraudes financeiras, como ligações ou mensagens falsas para parentes com pedidos de ajuda urgente.
O golpe tem sido tão comum que a Polícia Civil de São Paulo emitiu um alerta sobre o caso.
Como se proteger
Para se proteger, evite atender ou interagir com ligações de números desconhecidos e desconfie de chamadas mudas ou automatizadas.
Se receber um pedido de ajuda, confirme a informação por outro canal antes de agir. O ideal é combinar previamente com familiares uma palavra-chave ou código de segurança para confirmar situações urgentes.
2. Deepfakes em aplicativos de mensagem
Os vídeos e áudios falsos também chegaram aos aplicativos de mensagem. Com o uso de IA generativa, é possível criar deepfakes que simulam expressões faciais e tons de voz com alta precisão. Criminosos exploram isso em golpes de falso sequestro ou de urgência médica, enviando vídeos que parecem mostrar um familiar em perigo.
A naturalidade das imagens e a emoção da situação dificultam a desconfiança imediata, o que torna esse tipo de golpe especialmente eficaz.
Em alguns casos, os golpistas usam perfis clonados no WhatsApp para continuar a conversa e pressionar a vítima a fazer pagamentos.
Como se proteger
Antes de tomar qualquer decisão, tente confirmar o ocorrido com outro membro da família ou com a própria pessoa por um canal alternativo. Também desconfie de vídeos ou mensagens com aparência artificial, movimentos repetitivos ou vozes ligeiramente distorcidas.
Além disso, ative a verificação em duas etapas no WhatsApp para evitar o roubo da sua conta e evite publicar informações pessoais e fotos de familiares em perfis abertos.
3. Deepfakes em golpes corporativos
No ambiente corporativo, o uso de IA também tem preocupado equipes de segurança. Há registros de fraudes em que criminosos usam deepfakes de executivos para solicitar transferências bancárias a colaboradores ou liberar acessos a sistemas internos.
Essas tentativas costumam acontecer em horários de alta demanda, quando o funcionário está sob pressão e tende a agir rapidamente.
Vídeos e áudios falsos, aliados a mensagens urgentes, aumentam as chances de sucesso da fraude. Por isso, empresas de todos os portes precisam revisar seus processos de validação e conscientizar os colaboradores sobre esses riscos.
Como se proteger
Toda solicitação financeira ou de acesso deve seguir um fluxo de validação interno, independentemente da origem.
Use autenticação multifator e valide pedidos sensíveis por mais de um canal, preferencialmente com contato direto e pessoal. Além disso, mantenha treinamentos regulares sobre engenharia social e golpes corporativos.
Como evitar golpes com IA no ambiente corporativo
Verificação por múltiplos canais
Todo colaborador deve ter um canal oficial para confirmar pedidos que chegam por ligação ou mensagem, especialmente se envolverem senhas, transferências ou autorizações.
Uma videochamada, uma ligação direta ou até uma conversa presencial ajudam a evitar enganos. A dica principal para todos é sempre desconfiar de situações com senso de urgência ou pressão emocional.
Educação e conscientização digital
A principal defesa continua sendo o conhecimento. Afinal, entender como esses golpes funcionam é o primeiro passo para não cair em armadilhas.
Portanto, no ambiente corporativo as empresas devem investir em programas de conscientização contínuos que ensinem a identificar sinais de manipulação e boas práticas de segurança digital.
Ferramentas e soluções de segurança
Além do fator humano, é importante contar com tecnologias de proteção. Soluções como o MailInspector, da HSC Labs, ajudam a bloquear mensagens fraudulentas e detectar tentativas de phishing antes que cheguem ao usuário. Já o CrowdStrike Falcon oferece proteção avançada de endpoints e identidade, identificando comportamentos suspeitos mesmo sem a presença de malware.
Essas camadas de defesa reduzem o impacto das novas técnicas usadas por criminosos, incluindo as que envolvem inteligência artificial.
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