
5 erros humanos que mais causam incidentes de segurança
O erro humano é, há anos, o principal responsável por incidentes de segurança da informação em empresas no Brasil e no mundo. Mesmo com o avanço das tecnologias de proteção, o comportamento do usuário ainda define o sucesso ou o fracasso de uma estratégia de cibersegurança.
Relatórios de mercado reforçam essa constatação. Segundo o Verizon Data Breach Investigations Report 2025, cerca de 60% das violações de dados envolvem algum tipo de ação equivocada de um colaborador.
Neste artigo, você vai ler sobre os erros humanos mais comuns que levam a incidentes de segurança e o que as empresas podem fazer para evitá-los por meio de conscientização, processos e tecnologia.
Principais tópicos deste artigo
O que é erro humano na cibersegurança
O termo erro humano em cibersegurança se refere a qualquer comportamento, falha ou descuido que exponha a empresa a riscos de segurança digital. Isso inclui desde o clique em um link malicioso até o uso inadequado de dispositivos pessoais ou o compartilhamento indevido de informações.
Essas ações podem parecer pequenas, mas têm impacto direto na superfície de ataque da organização. Um único e-mail aberto sem verificação ou uma senha fraca podem permitir o acesso de cibercriminosos a dados corporativos sensíveis.
Na prática, o erro humano pode estar presente em todos os estágios de um incidente — da entrada inicial até a propagação interna.
Lembrando que um incidente de segurança ocorre quando há violação da confidencialidade, integridade ou disponibilidade de dados e sistemas. Os exemplos mais comuns são quando uma ação, intencional ou não, resulta em interrupção de serviços ou em violações de dados (perda, roubo ou exposição).
E embora a tecnologia seja capaz de bloquear muitas ameaças, ela não consegue compensar totalmente a falta de conscientização e de cultura de segurança entre os colaboradores.

Conheça os 5 erros humanos mais comuns por trás de incidentes de segurança
1. Clicar em links e anexos sem verificar a origem
Entre todos os tipos de erro humano, esse é o mais frequente. O phishing continua sendo o principal vetor de ataques corporativos, responsável por grande parte dos casos de ransomware e roubo de credenciais.
Neste tipo de ataque, criminosos se passam por bancos, fornecedores e até colegas de trabalho, enviando mensagens falsas com aparência legítima. Bastam poucos segundos de distração para que um clique abra a porta para o invasor.
A prevenção passa por dois eixos: educação e tecnologia. Campanhas de conscientização ajudam os usuários a reconhecer padrões de golpes, como urgência excessiva, erros sutis em domínios e solicitações fora do padrão.
Ao mesmo tempo, soluções de segurança de e-mail (como o MailInspector, da nossa parceira HSC Labs), identificam e bloqueiam mensagens fraudulentas antes que cheguem à caixa de entrada.
2. Reutilizar senhas em diferentes sistemas
A reutilização de senhas é um comportamento comum, mas perigoso. Um único vazamento em um serviço externo pode expor diversas contas corporativas se as credenciais forem as mesmas.
Esse tipo de erro humano está por trás de boa parte dos casos de credential stuffing, técnica em que criminosos testam combinações de e-mails e senhas vazadas para invadir outros sistemas.
A solução é adotar uma política de senhas seguras, com combinações longas, únicas e de difícil adivinhação, além de incentivar o uso de gerenciadores de senhas e autenticação multifator (2FA). Empresas também devem revisar periodicamente seus controles de acesso e remover credenciais inativas.
3. Compartilhar informações sensíveis por canais inseguros
O envio de documentos confidenciais por e-mail pessoal, WhatsApp ou outras plataformas não corporativas é um dos erros mais subestimados em segurança da informação.
Além de expor dados fora do controle da empresa, essas práticas dificultam a rastreabilidade e a resposta a incidentes.
Esse tipo de falha pode comprometer informações financeiras, dados de clientes e até segredos industriais. O uso de canais corporativos seguros, com criptografia e controle de acesso, é indispensável.
Mas a tecnologia sozinha não basta. É essencial que os colaboradores entendam o porquê das restrições e recebam orientação clara sobre como lidar com informações sensíveis.
4. Ignorar alertas e políticas de segurança
Outra forma comum de erro humano é desconsiderar as recomendações do time de TI. Mensagens de atualização, troca de senha ou avisos de anomalias são frequentemente ignorados, o que leva a vulnerabilidades.
A causa principal é comportamental. Muitos usuários veem as políticas de segurança como burocracia, não como proteção. Para mudar essa percepção, é necessário criar uma cultura de segurança, onde todos compreendam seu papel na defesa da empresa.
Programas de conscientização contínuos — como os oferecidos pelo MindAware, da HSC Labs — transformam conhecimento em hábito, reforçando comportamentos seguros por meio de campanhas e simulações práticas.
5. Usar dispositivos pessoais para acessar dados corporativos
Com a popularização do home office e do modelo híbrido, o uso de dispositivos pessoais para atividades de trabalho tornou-se comum.
Mas essa prática, conhecida como BYOD (Bring Your Own Device), amplia consideravelmente o risco de incidentes, pois esses equipamentos muitas vezes não têm antivírus atualizado, controle de acesso ou criptografia.
Além de expor a empresa a malware e vazamento de informações, dispositivos não gerenciados podem facilitar movimentos laterais de invasores dentro da rede.
O ideal é implementar políticas claras de BYOD, investir em soluções adequadas e oferecer treinamento sobre boas práticas para acesso remoto seguro.
Como reduzir falhas humanas em segurança
Nenhuma tecnologia é capaz de eliminar completamente o erro humano, mas é possível reduzir seus efeitos com uma combinação de conscientização, processo e proteção em camadas.
Empresas maduras em segurança da informação tratam o usuário como parte da defesa, não como um obstáculo. Isso inclui:
- Treinamentos periódicos e práticos, que mostram o impacto real de comportamentos inseguros.
- Simulações de phishing, para testar a atenção dos colaboradores e medir a evolução da conscientização.
- Ferramentas de segurança de e-mail e filtragem inteligente, que bloqueiam ameaças antes que o erro aconteça.
- Políticas de acesso bem definidas, com autenticação forte e segregação de privilégios.
Dê o primeiro passo para lidar com o erro humano na cibersegurança
O erro humano é inevitável, mas seus efeitos não precisam ser devastadores. Quando as empresas investem em conscientização, tecnologia e processos integrados, criam uma barreira sólida contra os ataques mais comuns.
Com apoio de soluções adequadas e uma rede de parceiros, a Oblock ajuda as empresas a transformarem o elo mais fraco em sua maior defesa.
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